20 May 2011
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No Dia Internacional dos Museus, foi inaugurado o Centro de Interpretação dos Lanifícios no complexo fabril da Real Fábrica Veiga, situado junto à Ribeira da Goldra, na Covilhã. O edifício, que em 1784 era sede da empresa de lanifícios fundada por José Mendes Veiga, foi recuperado pela Universidade da Beira Interior e inaugurado em 2005. Seis anos depois ficou finalmente concluída a sua musealização com a exposição permanente intitulada "Os fios do passado a tecer o futuro". A viagem pela história da "Manchester portuguesa" passa pela caldeira a vapor, passa pelas operações de preparação da lã para a fiação até à cultura operária. (ouvir som)
Elisa Pinheiro, directora do Museu dos Lanifícios, e o rosto deste projecto ao longo dos últimos anos, não escondeu a sua satisfação por ver concretizada mais esta etapa. O núcleo da Real Fabrica Veiga junta-se a outros dois núcleos que compõe o Museu de Lanifícios, inaugurado em 1992 e aberto ao público regularmente desde 1996. Com o objectivo de conservar e promover o património industrial têxtil através da investigação, foi lançado o livro "Rota da lã - TRANSLANA, percursos e marcas de um território de fronteira".
Para José Manuel Cordeiro, representante português do Comité Internacional para a Conservação do Património Industrial este é "um dos mais importantes trabalhos de investigação científica realizados nas últimas décadas em Portugal". Para alem da importância desta obra, José Manuel Cordeiro realça a necessidade de concretizar o objectivo de promoção turística das duas regiões transfronteiriças que em comum têm um passado industrial ligado aos lanifícios.
(in Jornal do Fundão)